A cerimônia havia acabado.
O salão de mármore branco agora se tornava dourado sob o reflexo das tochas. Cortinas vermelhas esvoaçavam com o vento da noite, e os convidados bebiam em cálices finos enquanto Tatya sorria, plácida, ao lado do novo marido.
Ela mal falava. Apenas sorria e acenava, como uma boneca real bem treinada.
Mas o verdadeiro espetáculo começaria agora.
Kora entrou no salão como se tivesse sido esculpida para aquela noite. O vestido escarlate — ousado demais para uma consorte — arrastava no chão como fogo vivo. Os cabelos trançados em serpentes douradas. Os olhos, fixos apenas em uma direção.
Eliara, à distância, observava com um pano nas mãos, como se limpasse o corrimão do salão, infelizmente não pode ir embora, foi obrigada a permanecer por lá, ela era a concubina, mas ninguém a respeitava de verdade. porque ela era mais uma estrangeira.
Quando a música cessou por um momento, foi Kora quem ocupou o centro, com uma taça em mãos.
— Esta noite marca o início de uma