NARRADO POR ANTONELLA BELLINI
Giovani partiu me deixando ainda ali, deitada na cama.
Seu cheiro ainda colado no lençol, seus dedos marcados no meu corpo, e um silêncio entre as paredes que gritava.
Eu não queria que ele fosse.
Mas sabia... Os negócios o chamavam — e se não fossem eles, ele não seria quem é.
E, mesmo sem toda a dor, também não seria meu.
Doía.
Meu corpo latejava, mas era uma dor boa, uma dor que vinha do amor.
Dos sinais.
Dos caminhos que estavam se abrindo, mesmo entre ruínas.
Eu me sentia capaz de ir além.
De ir com ele.
Aonde ele quisesse.
Com ele.
Com nós.
Era noite quando cheguei à mansão.
Ava me recebeu com um sorriso calmo, como se quisesse me proteger do mundo.
— Ele passou por aqui — disse, suave. — Disse que voltaria logo. Que era pra continuarmos cuidando de você.
Concordei com um aceno quase mudo.
Conversamos pouco.
Eu já estava no modo automático, separando as coisas de Pablito, quando ela me pediu para ficar.
E como se fosse mágica — ou maldição —, não co