Narrado por Giovani Ferreti:
Me aproximei em silêncio, mas o som dos meus passos na madeira da varanda chamou a atenção dela. Scarllet virou-se devagar, os olhos azuis brilhantes encontrando os meus, eram bem diferente dos verdes que eu havia acabado de mergulhar naquele penhasco. Scarllet orriu, como se tudo fosse normal. Como se eu não tivesse acabado de vê-la mandando e desmandando como uma Ferreti de nascença.
— Bom dia, meu amor — disse ela, com uma doçura que me enojou naquele instante. — Estava dando algumas ideias para o quarto de hóspedes. A minha sogra disse que devo me envolver mais nas decisões da casa.
Parei diante dela, a alguns passos. Não retribuí o sorriso.
— Engraçado — respondi, com a voz baixa, quase um sussurro cortante. — Porque da última vez que vi, essa ainda era a casa do meu pai.
O sorriso dela vacilou um pouco, mas se recompôs rápido. Fez um gesto com a mão para o rapaz da prancheta se afastar, e ele obedeceu imediatamente.
— Giovani... o que está acontecend