~~CAPÍTULO 6~~

KALI CHARTER

  

Meus pés deslizam suavemente pelo corredor em direção ao meu quarto, o cheiro de comida de rua, contamina meu terno caro, era de se imaginar que o meu dia terminasse assim. Desde que minha cunhada ficou gravida, meu irmão tem feito todos os seus caprichos, incluído, frequentar um mercado imundo e perigoso sem se importar com a sua segurança. 

Será que o amor é assim?

Tão consumidor?

Eu espero que um dia alguém me ama tanto como Mitchi ama meu irmão.

Meu pé fecha a porta do quarto enquanto meus dedos tiram o casaco em meus ombros, quando abro a porta do banheiro encontrei Milla sentada secando seus lindos cabelos.

— Sinto muito, não quis invadir sua privacidade.

Murmurei o suficiente para ela ouvir, claro que eu não quis invadir sua privacidade, mas, somos casados, momentos como estes são inevitáveis. 

— Tudo bem, estava de saída.

Milla respondeu ficando em pé, seu pequeno corpo coberto por um robe deslizou para fora do banheiro, sorrio notando pela primeira vez que o banheiro não contém mais apenas meus itens pessoais, há diversos produtos de cabelos e creme do corpo na estante. Ser casado é dividir essas pequenas coisas insignificantes que viram significante quando o outro se importa.

Talvez, sorrio, as mulheres gastam muito, eu deveria dar dinheiro, não, cartão, assim, ela poderia gastar como quiser, sim, é uma excelente ideia. Digito uma mensagem para meu agente bancário. Depois do banho, deslizo para o quarto, entretanto, Milla não está visto um blusão e desço rapidamente para sala principal quando encontro-a jogando cartas com minha cunhada.

 — Beba comigo.

Diz meu irmão acenando para irmos ao escritório, dei uma rápida olhada nela antes de seguir meu irmão, servindo uma taça de whisky, dei um gole generoso enquanto me sentava na poltrona.

— Como você se apaixonou por Mitchi?

Brinquei com o copo de Whisky enquanto aguardava ansiosamente pela resposta do meu irmão, ele deu um longo suspiro, sem saber o que responder.

— Eu simplesmente me apaixonei.

Assim, fácil?

— Não está ajudando.

Resmungo irritado.

— Você precisa criar conexões com ela, amar seus defeitos, amar seu sorriso, amar seus cabelos, amar profundamente, tudo nela, só assim, entenderá que não precisamos de um motivo para amar uma mulher.

Sem motivos? O amor é mesmo estranho.

— Há outro assunto que quero falar com você.

Pelo seu semblante é sério. Depois de falar com meu irmão sobre negócios, subo diretamente para o quarto, amanhã será um dia longo de trabalho. Quando encontro Milla bebendo chá olhando para neve.

— Ela é tão linda.

Murmurou Milla sem olhar-me.

— Vamos descansar, está tarde.

Murmuro em resposta.

— Você me odeia?

Que pergunta estupida é essa?

— Não, eu não te odeio.

Milla largou a caneca de chá na mesa e veio me abraçar, sorrio para ela surpreso com a nossa aproximação repentina.

— Obrigada por não me odiar.

Ela murmurou sem se afastar de mim.

— Vamos dormir.

Assenti, ela se afastou para preparar a cama, depois puxou meu braço indicando que a cama já estava pronta para dormir. Deitado na cama, eu senti suas mãos contra meu peito. Ela quer minha aproximação, ela quer minha aproximação. Envolvo minhas mãos em sua cintura puxando-a para mais perto.