~~CAPÍTULO 5~~
MILLA FALCONE No caminho para a mansão de Kali, nenhum de nós falou. Parecia uma tradição detestável de nós dois. Eu me ocupei observando o tráfego através da janela do passageiro enquanto tentava desesperadamente esconder meu nervosismo crescente. Era possível sentir excitação e medo ao mesmo tempo? Kali diminuiu à medida que nos aproximamos de uma enorme mansão marrom de três andares. Portões de ferro se abriram quando ele apertou um botão no painel e nós dirigimos todo o caminho até entrarmos em uma garagem dupla. Depois de Kali ter estacionado ao lado de uma Mercedes SUV, ele saiu. Ele caminhou ao redor do carro e abriu a porta para mim, e então estendeu a mão e me ajudou a sair, o que foi difícil devido ao meu vestido. Sua mão era quente e firme. Eu sempre me surpreendia por não encontrar sua pele gelada. Ele me soltou no momento em que eu estava de pé, e eu quase peguei sua mão novamente, mas me contive. Eu não queria empurrá-lo. Talvez ele só tenha me soltado para fechar as portas. Ele me levou por uma porta lateral até o saguão da mansão. O chão e as escadas eram de madeira escura e um lustre de pingentes de cristal emitia um brilho suave sobre nós. Tudo estava estranhamente silencioso. — Está é a mansão do meu irmão, ele quer que moramos aqui até você e eu nos adaptarmos a vida de casados. Kali informou. Eu estava parada no interior da mansão, o vestido de noiva desliza suavemente no chão cristalino perfeitamente limpo. A mansão é incrivelmente linda, se eu ainda não estivesse apaixonada por outro homem eu seria muito feliz aqui, como mamãe é feliz com o papai. — Milla? Virei o rosto para encontrar Kali encarando-me, ele levantou a mão e toco nela, dou a ele um sorriso tímido antes de o seguir lentamente para as escadas até o segundo andar. Kali abriu a porta do quarto e entramos. — Fique à vontade para tomar banho e vestir algo confortável. Eu assenti vendo-o sair do quarto e respirei fundo, meus olhos observaram o ambiente. É um belo quarto e bastante espaçoso. Corro para tomar banho e vestir pijama. Quando saí do banheiro Kali estava em pé ao lado cama. Em passos lentos eu fui ao seu encontro. — Obrigada, por tudo. — Eu não salvei a sua pele Milla, eu evitei uma humilhação ainda maior em meu nome. Eu sei o que as pessoas falam, eu fugi com outro homem e a reputação de Kali Charter é questionável. — Eu agradeço mesmo assim, você fez o que mais ninguém faria, se casou com uma impura, uma mulher que ia fugir com outro homem. Kali tocou meu pescoço possessivamente. — Eu quero que você esqueça ele, quero que suas lagrimas sejam para mim, eu quero que você me ame, como nunca amou ninguém. — Não funciona automaticamente Kali, o amor é conquistado. — Ele conquistou você? — Eu me apaixonei simplesmente. Encolhi os ombros. — Eu fui burra. — Porque não pode me amar do mesmo jeito? — Porque meu coração está despedaçado, é difícil confiar, quem me garante que não irá me machucar? Quem garante que não se interessará por outras mulheres? Eu não o conheço e tudo que sei, é o que ouço sobre homens. — Eu sou teu marido. — Eu sou sua esposa, irei te honrar até o ultimo dia da minha vida. Kali Charter afastou-se de mim e foi ao banheiro, afasto os travesseiros preparando a cama para dormir. Ele saiu do banheiro vestindo apenas calça pijama, tirei minha camisola ficando apenas de lingerie, senti seus olhos vagarem pelo meu corpo antes dele subir na cama e virar as costas para outro lado. Subo na cama e sigo o mesmo exemplo. — Senhor? Abro os olhos notando o clarear da manhã invadir o quarto, ouço uma voz novamente vindo atrás da porta, quando viro para o lado, encontro o lado da cama vazio. Meus dedos dos pés atingiram tapete macio antes de ficar em pé, ouço o som do chuveiro, Kali está no chuveiro. Eu suspirei vestindo um robe antes de abrir a porta do quarto para encontrar um homem parado no corredor. — Bom dia, senhorita Milla, desculpar incomodar é urgente. Abro a porta para ele dando-lhe passagem para que ele possa ir ter com meu marido no banheiro, meio sem jeito, ele entrou e atravessou o quarto em direção ao banheiro. Ouvi vozes abafadas enquanto eles trocam algumas palavras, me ocupei em arrumar a cama e em passos lentos invado o closet, minhas malas não estavam desfeitas. — É cedo, porque está em pé? Disse Kali ao entrar no closet com uma toalha em sua cintura, é difícil não olhar sua barriga sarada em seis gumes sexy, meus olhos voltaram apressadamente para minhas roupas que precisam ser arrumadas. — Fiquei sem sono, além do mais, estamos na casa do seu irmão, eles devem ter horário para café da manhã. Me justifiquei. — Minha cunhada toma café da manhã as nove, ela não é muito boa em madrugar, então, volte para cama, Lala cuidará das suas roupas. Quem é Lala? — Ela é governanta da casa do meu irmão, foi sua babá quando criança e desde então ela está cuidando dele. Eu assenti largando minhas roupas, ele tem razão, um pouco mais de sono colocaria meus nervosos ao lado, em passos lentos eu saí em direção a cama, apaguei assim que coloquei a cabeça no travesseiro. Despertei duas horas depois, corri para o banho, depois de fazer minhas higienes matinais escolhi vestido longo de inverno. Desço os degraus das escadas nervosa, quando nos casamos, não imaginei que moraria na casa do seu irmão por um tempo, não me preparei para este momento. Nossas culturas são totalmente diferentes, creio que eu consiga me adaptar à cultura americana. — Meu filho só come porcarias, ele precisa de um pouco de vegetais. Meus olhos vagaram para mulher sentada no tapete da sala comendo frango frito, eu a vi ontem, ela usava vestido azul marinho e seus cabelos estavam presos em coque elegante, em nenhum segundo ela indicava que está gravida. — Eu estou gravida e com fome, e você está me incomodando, não vai trabalhar? Ela parecia bastante irritada com ele, talvez seja mesmo a gravidez. — Não posso ficar um pouco mais com minha família? Perguntou ele. — Então pare de me irritar. — Tio, tio, me leve à escola por favor. Uma garota morena disse, ela pulou para os braços do meu cunhado Aaron, ela apertou suas bochechas fazendo-o rir, ele não parecia o homem entediado que vi na última duas semanas. — Tio vai em direção oposta da sua escola, mas, tio Edu vai leva-la com muito prazer. — Está ocupado de novo? Quando terá tempo para mim? Foi minha vez de rir, meninas como mulheres são bastantes sensíveis especialmente quando não conseguem o que querem. — Final de semana. — Está perdida? Uma mulher de meia idade disse, ela deve ser Lala, a governanta da família. — Bom dia Lala, sim, estou morrendo de fome. — Venha, eles estavam esperando por você para comerem. Assenti seguindo-a. — Droga, droga, eu dormi demais, bom dia, Violeta hora de ir à escola. Uma mulher loira muito bonita gritou, em seguida caminhou em direção ao que parece ser um bar e serviu um copo de whisky. Whisky tão cedo? — Whisky logo cedo Julia, problemas? Disse Kali entrando no interior da sala, pelo visto ele esteve fora pela manhã. — Uma merda deles. Respondeu Julia, Kali foi até seu irmão e sussurrou algumas palavras e ele ficou em pé. — Hora de ir princesa. Ela deu um beijo na bochecha de Violeta antes de deixa-la no sofá, sorrindo ele sussurrou algumas palavras para sua mulher e deu-lhe um beijo em sua boca. Eles saíram do interior da casa em direção ao jardim. — Menina Violeta está na hora. Um homem disse a ela. — Sim, tio Edu, estou indo, tchau tia. — Boa aula, princesa. — Mamãe, vó Lala até mais tarde. — Boa aula criança. Ela pegou sua mochila e saiu correndo da casa. — Vamos comer, Milla deve estar morrendo de fome. Disse ela ficando em pé carregando seu prato em suas mãos, ouvi muito sobre ela, papai fazia piada da escolha de Aaron Charter ter escolhido uma prostituta ao invés de alguém do seu mundo. Era humilhante ouvir tudo que falavam dela, talvez um carma, pois não sou tão diferente dela, eu me envolvi com outro homem antes do casamento e toda minha família foi humilhada em contrapartida. — Sente-se Milla. Meus olhos notam sua pequena barriga, seu pequeno corpo magro se parecia com o meu, bom, ela tinha uma bunda redonda de se olhar, e com certeza ela é muito bonita. — Bom dia. Digo depois de me sentar à mesa, Lala colocou um prato de ovos malpassados, becon e salada de alface. Sorri para ela em agradecimento, parecem deliciosos. — Bom dia, Milla, parabéns pelo casamento, estava tudo muito bonito, sou Mitchi, a esposa de Aaron e ela é Julia, minha melhor amiga. — Muito prazer e obrigada por me receberem. — Se fizer Kali feliz. Disse Mitchi encolhendo os ombros. Mastiguei os ovos cuidadosamente enquanto ouvia elas comentarem sobre meu casamento. — Preciso ir ao clube. Comentou Julia depois de esvaziar seu café da manhã. — Vamos todas juntas, Milla vai adorar conhecer clube privado. — Eu preciso confirmar com Kali primeiro. Mitchi parou de comer para me encarar incrédula, Julia suspirou fundo retirando-se à mesa em direção as escadas. — Ahw, isso foi confuso. Mitchi diz limpando as mãos. — Eu as ofendi? Questionei. — Não, claro que não, só que é estranho ouvir você dizer que precisa da permissão do seu marido para sair. — Você não pede permissão? — Não. — Oh. Então Kali não vai se chatear? — Sinceramente, não, nossas máfias são diferentes, o que funcionava lá, não funciona muito aqui, eu não conheço nem uma regra dela, pois não vim de uma família tradicional mafiosa, entretanto o pouco que vi, seu marido não vai se importar de saber que está com outras mulheres passando o dia. Disse Mitchi. — Meu menino Kali, ficará feliz em saber que está se adaptado. Ouço Lala dizer alegre. Eu assenti. — Vou vestir roupas quentes. Digo me preparando para ficar em pé. — Está bem assim, o clube tem aquecedores, vou pegar uma camisola. Assenti novamente. — Como você está se sentindo? Lala perguntou e eu a encarei. — Perdida, não era o que esperava. — É tão ruim assim aqui? Ou está falando do incidente com seu ex? — Não é ruim aqui, eu não sei como e o que esperar do meu marido, nós não nos conhecemos. — Você sabia que seria assim, desde o início, desde criança, era esperado que casasse com homem que não conhece. — Você conhece nossas regras. Acuso-a. — Um dia eu fui italiana. Lala italiana? — Estou pronta. Eu fiquei em pé encerando temporariamente nossa conversa, Mitchi veste calções que mal fecham o zip, uma camisa branca que parece que assaltou o armário do seu marido e uma camisola de capuchinho azul. — Vamos, não posso me atrasar. Disse Julia vestindo calças jeans confortáveis e camisola preta. Atravessamos a sala até o jardim, o quintal estava cheio de homens armados vestidos a pretos com fuzil pendurados em suas costas, havia um estacionamento duplo enorme onde diversos carros estavam alinhados em categorias. — Bom dia senhoritas, hoje não é bom dia para fazer compras, as lojas estão fechadas devido a temperatura. Um homem que eu não conheço disse. — Nós vamos ao clube. Julia respondeu entrando no carro, realmente está muito frio hoje, — Vou avisar ao chefe, depois ao senhor Kali. — Você pode fazer isso ao chegarmos. Mitchi entrou no carro depois segui o mesmo exemplo. — Sinto muito, Aaron quer ser informado de cada passo meu por conta da gravidez. Mitchi justificou infeliz com essa decisão. — Tudo bem, estou acostumada com essa rotina. Olho através do vidro do carro neve caído suavemente, Arizona não faz tanto frio, especialmente no Sul, mas, este ano, este ano será congelante, meus dedos tocam o vidro do carro, me sinto completamente desconhecida aqui. Suspirei, há uma necessidade me encontrar e realmente poder viver meu casamento, quero ser feliz com Kali, divorcio está fora de questão, então. Eu tenho que ser feliz aqui. — Tudo bem? Eu sinto o olhar de Mitchi sobre mim. — Estou perdida. Suspirei sincera, sinto o calor da mão de Mitchi sobre minha mão esquerda, ela deu-me um sorriso caloroso. — Não tenha presa, estamos aqui para o que precisar. Sorrio para ela em agradecimento. Assentindo, deixo meus olhos admirarem a cidade Yuna, minutos depois o carro parou em frente ao prédio pintado a preto brilhante, Julia abriu a porta do carro permitindo que o ar frio do dia invada o interior do carro. Colocando o pé para fora do carro, meu rosto beija neve enquanto minhas narinas inalam ar frio, é uma bela cessação, o ar invadir todo meu corpo em piscar do olho e a minha liberdade brilhando. Em passos rápidos, meus pés invadem o clube, minha primeira vez em um clube noturno, meus olhos apreciam em volta surpresos com o lugar. Há poltronas luxuosas pelos cantos, um bar em nossa frente, o centro é composto por um pequeno palco curiosamente chamativo, a minha direita, há uma escada que leva ao andar de cima. — Não acredito que você veio, Mitchi, faz tempo que não vem nos visitar. Uma mulher loira disse empolgada com a visita de Mitchi, meus olhos encontram pares de mulheres aproximando-se de nós, seus olhos, curiosos vem em minha direção. — Ela é minha cunhada, esposa de Kali, Milla Charter. Franzo o cenho ao ouvir como meu nome soa diferente ao usar o apelido Charter, me esqueci completamente desse lindo detalhe. Levantei a mão acenando para elas sendo simpática. — Ela é muito bonita. As meninas disseram cochichando entre si, Mitchi tocou meu braço levemente me guiando para uma das poltronas vazias, ao nos sentar, o garçom trouxe copo de suco para minha cunhada e copo de vinho tinto para mim. — Cigarro senhorita? Franzo a testa confusa, ele está perguntando a quem? Claro que é para me, Mitchi está gravida. — Não, obrigada, eu não fumo. O garçom assentiu antes de se retirar. — Sua cara de confusão foi hilária. Diz Mitchi rindo. — Minha primeira vez em um clube. — Se eu soubesse teríamos vindo de noite, você se encantaria com este lugar. Seus lábios expressão outro tipo de encanto, minha cunhada é uma mulher muito bonita, rosto angelical, lábios rosados, ela transmite inocência e simplicidade. Com toda certeza, essa simplicidade encantou Aaron. — Tenho certeza que sim. Sorrimos. Ouço a voz de Julia chamando atenção das meninas, elas estavam falando sobre acertar alguns passos algo do tipo, dei um gole no meu vinho enquanto assistia o ensaio delas. — Desculpa o atraso, problemas. Uma mulher loira por sinal muito bonita disse, seus lábios são pintados a vermelho sangue, ela tem peitos apreciativos e uma bunda enorme. — Ela se esqueceu que não é mais a favorita de Kali. Uma das meninas disse em deboche obrigando-me a prestar atenção na conversa. — Eu sou a favorita, aquela vaca da noiva dele se meteu entre nós, era me deixa para sair desta vida, eu só precisava engravidar, um pouco mais de tempo eu conseguiria, até ele ser obrigado a casar com a noiva. Ohw. Arregalei meus olhos absorvendo suas palavras, Mitchi tocou meu braço mantendo-me concentrada nela. — Cuidado com suas palavras, Angel, ela está ouvindo o quão sua boca é ofensiva. Julia alertou-a sobre minha presença, aquela mulher virou o rosto seus olhos encontrando os meus e eu vibrei com seu olhar furioso. — Ela está furiosa porque não mantem contato com seu MARIDO. Ela enfatizou o marido para que eu me lembre a posição de nós duas, sorri para ela assentindo tranquilamente, não farei nenhum escândalo, não tenho esse direito, não há intimidade entre Kali e eu, não depois da humilhação que o fiz passar. — Beba para se aquecer. Diz Mitchi encarando seu copo de suco infeliz. — Está feliz com a gravidez? Questiono mudando de assunto. — Eu amo carregar este ser no meu ventre, entretanto, eu sinto falta de dançar, beber, fumar, especialmente dançar. Mitchi disse encolhendo os ombros. — Você está entediada com a gravidez. — É um sentimento misto, confuso, mas, está sendo incrível ser mãe. Ela sorriu e eu acompanhei seu sorriso encantador. — Eu sinto muito pelo que acabou de ouvir. Ouço a voz de Julia aproximando-se de nós, seu semblante expressa o quão estressada ela está. — Tudo bem. — Querem sair para almoçar? Estou livre agora. Julia questionou e eu assenti brevemente. Era por volta das 7H da noite quando saímos do clube, a noite estava mais fria que de dia, agradeci quando Edu ligou o aquecedor e meu corpo parou de tremer. Minutos depois, carro para em frente a um beco, Edu desceu do carro e Aaron entrou assumindo o volante, Mitchi esticou seu pequeno corpo indo para o assento da frente ao lado do seu marido, dando espaço para Kali entrar. — Boa noite. Disse Kali seus olhos vagando para meu vestido longo de frio, e minha camisola confortável. — Boa noite. Respondi tímida. Em silencio tímido, meus olhos encaram estrada, está nevando muito, nas próximas horas haverá dificuldades para alguns carros se locomover com esta neve. — Está frio, poderiam comprar chocolate quente para nós? Mitchi disse chamando minha atenção. — Você quer chocolate quente? Kali questionou e eu assenti. — Eu conheço um restaurante que está aberto. Aaron diz dirigindo por mais dez minutos antes de estacionar em frente a um prédio, eles desceram do carro, eu vi a sombra de alguns homens rondando o carro por alguns minutos antes de Kali e seu irmão voltarem. — Compramos mais algumas coisas. Kali me entregou copo de chocolate quente, pipoca de milho e hambúrguer dublo. — Não sei se gosta comida de rua. Kali disse desconfiado. Meus dedos abriram rapidamente a caixa de hambúrguer, o cheiro é magnifico, dividindo ao meio o hambúrguer e dou-lhe outra parte. — É muito bom. Ele disse de boca cheia. Balancei a cabeça concordando, quando chegamos em casa, eu estava comendo pipocas de milho enquanto bebia chocolate quente. — Tio, tio. A menina da casa, Violeta disse correndo rapidamente para os braços de Aaron, seu pequeno sorriso encheu a sala antes dos seus lábios tocarem sua bochecha. — Chegamos bem a tempo do jantar. Aaron afirmou e Violeta concordou com a cabeça enquanto recebia seu hambúrguer, ela deu outro beijo na bochecha de Aaron antes de sair dos seus braços em direção à mesa de jantar. — Bem a tempo, o jantar está na mesa. Diz Lala bastante empolgada. — Obrigada Lala, vá descansar, assumimos daqui. Informa Mitchi, Lala beija a testa de Violeta antes de se despedir de nós. — Bom descanso crianças. Lavamos as mãos antes de nos sentarmos para comer, depois do jantar, assisti algum filme com Mitchi antes de eu me despedir para descansar, foi um dia interessante e longo. Estava sentada na poltrona depois de um banho bem quente assistindo a neve cair quando Kali entrou no nosso quarto, ele estava conversando com seu irmão sobre trabalho antes de eu subir. Ele olhou para meu pijama confortável, está nevando muito e a temperatura baixou consideravelmente a esta hora. — Como foi seu dia? Kali questionou. — Mitchi me mostrou clube privado, foi muito divertido ver meninas dançando e o seu? — Cansativo, entretanto produtivo. Eu assenti. Kali entrou no banheiro, em seguida ouço som do chuveiro. Minutos depois ele saiu vestindo calça pijama. — Estou cansado se importar de... Ele apontou para cama, assenti que não, Kali deitou na cama virando-se para outro lado. Eu suspirei drasticamente ainda olhando para neve, nosso casamento está a beira de um precipício e nenhum dos dois sabe como fazer isso funcionar. Fui me deitar tarde da noite, quando amanheceu, olhei para o lado, encontrando o lado de Kali vazia, fui tomar banho e vestir roupas quentes e desci para tomar café da manhã. — Bom dia. Digo. — Bom dia Milla, como passou a noite? Mitchi questionou seu semblante diz muito sobre sua noite. Ela sorriu. — Dormi enrolada a Aaron a noite toda, me manteve bem quente. Comentou com certo entusiasmo, algo me diz que eles não dormiram e sim fizeram outra coisa. — Imagino que sim. Murmuro, Mitchi parou de mastigar para me encarar preocupada. — Estão tendo dificuldades com a convivência? — Sim. — Precisam de uma conexão, conversam? — Não muito. — Então, vocês não estão nada bem. Suspiramos. — Não sou muito boa nessas coisas, posso te ajudar em algumas coisas. Mitchi disse, ela deu um gole do seu chocolate quente. — Coma, vamos sair. Assenti, quando terminamos de comer, Mitchi disse para eu vestir algo bonito, então, optei por vestido longo e um casado azul caro, eu não fazia ideia para onde ia, então a escolha com certeza era sábia. Estou encarando Mitchi incrédulo, ela me trouxe para um parque neste inverno? Ela comprou dois copos de chocolate quente, um para ela e outro para mim. — Edu informou Aaron que estamos no parque, não vai demorar muito para Kali chegar para ficar de babá, então, aproveitem o tempo para conversarem. Oh. — Falando nele. Kali caminhava apressadamente parecendo bastante irritado. — Você sabe que meu irmão não gosta das suas travessuras e eu acabo com olho vermelho e ficando de babá. — Seu olho não está vermelho hoje. Mitchi respondeu em tom de deboche. — Devo agradecer? — Me agradeça depois. Diz Mitchi indo até Edu, ela murmurou algumas palavras para ele e assentiu. — Não fique irritado com ela, ela quis que passemos um tempo juntos, com isso, ela tinha que te tirar do trabalho. A expressão de Kali se suavizou com a minha afirmação. — Você pode me convidar para conhecer lugares que gosta de estar. — Gosta de café? Eu sorri depois assenti para ele. Kali e eu caminhamos até o restaurante que está localizado perto do parque, o local é muito bonito e aconchegante, Kali pediu dois cafés e uma fatia de bolo para mim. — Está se adaptando? Toquei a borda do seu casaco de frio para tirar neve que estava nela. — Sim, Mitchi é uma boa amiga. Seus olhos azuis se iluminaram por um segundo antes de fechar o rosto novamente, dou um gole na minha bebida quente enquanto minha mente procura algo para não ficarmos neste silencio irritante. — Passatempo favorito? Questionei. — Trabalho. Kali respondeu. — Não é um passatempo, eu gosto de costurar e ler. — Costurar? Assenti em resposta, costuro de vez em quando, infelizmente não tive tempo para embalar minhas coisas. — Quando eu era pouco mais novo costumava participar de corridas de carro. — Não és tão velho. Sorrio timidamente. Kali me deixou em casa depois do almoço e ele voltou para seu local de trabalho, Mitchi estava descansando quando cheguei, Lala estava ocupada com a cozinha com isso, eu subi as escadas em direção ao quarto. Acabava de sair do banho quando meu telefone tocou, atravessando o closet, entrei no quarto e alcancei o telefone rapidamente. Olhei para o ecrã estranhando número desconhecido na tela. Talvez seja Kali, pensei, não tenho seu contato, disco para atender. — Milla? Meu coração gelou ao ouvir a voz por de trás da linha, alcancei a poltrona para me sentar depois de me certificar que ninguém estava atrás da porta do quarto. — Matteo? Murmurei baixo para que ninguém pudesse me ouvir. — Milla, eu preciso da sua ajuda. — Meu Deus, como você sobreviveu da irá do Capo? Questionei surpresa. Cassio Bianchi nunca o deixaria vivo, nunca, a menos que ele tenha alguma informação valiosa em troca. — Milla.. Mitchi gritou no corredor, rapidamente encerei a chamada e apaguei o número da lista de chamadas recebidas, ficando em pé, corri para abrir a porta do quarto. Mitchi está vestido pijama e sua cara amassada, ela acabou de acordar. — Oi. — Quer sair para dividir hambúrguer? Ela fez bico, e eu assenti aceitando seu convite para sair, será melhor ficar longe daquele telefone fugindo dos problemas que Matteo causará novamente em minha vida. — Um minuto, preciso me trocar. Murmurei para ela. Mitchi assentiu feliz, entrei no closet rapidamente escolhi vestido longo de frio cor azul, casaco vermelho e luvas pretas, optei por botas de couro quentes. Desci rapidamente as escadas e encontrei minha cunhada vestindo apenas um fato de treino confortável, eu olhei para me depois para ela. — Caramba, a gente vai comer hambúrguer. Reclamou Mitchi notando claramente nossa diferença. — Vou me trocar. Murmuro apontando para as escadas. — Não precisa, você está maravilhosa, eu preciso ficar mais arrumada. Afirmou Mitchi acenando para Lala. — Lala até logo. Gritou Mitchi despedindo-se dela. — O que preparar para o jantar? Ela questionou apressadamente, ela saiu da cozinha rapidamente invadiu a sala tentando alcançar Mitchi. — O que você quer comer, Milla? Seus olhos encontraram os meus brevemente antes dela olhar para porta, algo me diz que ela está com desejos e nós só estamos adiando o que ela teria feito se estivesse sozinha. — Comida italiana? Questionei. — Posso tentar. Assenti para ela, em passos rápidos, atravessei a sala alcançando Mitchi que estava ansiosa para sair, a brisa gelada nos cumprimentou na porta, o cara do dia anterior correu ao nosso encontro, abriu o guarda-chuva para nos cobrir da neve. — Para onde vamos senhorita? Questionou ele enquanto vamos para o carro. — Gostaria de comer hambúrguer, Edu. Mitchi comentou feliz, ao entrarmos no carro, Edu dirigiu o carro nos levou para fora da mansão. Levei minha cabeça para o vidro do carro enquanto minha mente vagava para chamada recente, porque Matteo ligaria para me depois de tudo que aconteceu? Ele é muito louco ou.. — Como foi seu encontro? Que encontro? — A que você teve mais cedo com Kali? Mitchi me encarou confusa, coloquei um sorriso no meu rosto disfarçando o grafe que acabei de cometer. — Eu sinto muito, mente aérea. — Humm. Mitchi pensou depois ficou quieta, ao chegarmos McDonald, havia uma pequena fila para chegar no balcão quando Mitchi olhou atrás notando que Edu está nos esperando no carro. — Seu semblante, diz muito mais que sua boca mentirosa. Levantei os olhos fechando a cara instantaneamente. — O que está acontecendo? Pela manhã, você está ótima, e agora.. Bom, eu não sei. — Está tudo bem. — Sua última mentira te custou seu casamento, me diga que é coisa boba, nada que deixará Kali furioso. Eu permaneci em silencio. — Milla, o que está acontecendo? — Ele ligou, eu fiquei confusa, só foi isso. — Um conselho? Evite-o. Se Kali ou Aaron sonharem que ele não está morto.... Nós duas suspiramos. — Ele tem meu número. Murmurei. — Não atenda, se Kali perguntar, diga que não sabe, não conhece o número, concentre-se no seu casamento a todo custo. Há homens que só vem para nos destruir nada mais. Eu assenti. — Senhoritas. O atendente chamou nossa atenção. — Boa tarde, dois duplos completos, suco e.. Mitchi virou para me encarar. — O que quer comer? — Duplo completo e suco. — Três duplos por favor O atendente processou nosso pedido no laptop depois Mitchi tirou duas notas de 100 dólares pagando a conta. — Quer ir ao shopping comigo amanhã? Depois assistir filme no cinema e jantar fora. Eu assenti. Ela sorriu animada com a possibilidade de passar o dia todo fora, é inverno, não há muito que fazer, com toda certeza seu tedio é justificado. — Eu me sentia tão entediada, Julia tem seu trabalho sua rotina é complicada, nem sempre nossas agendas se cruzam, agora que ganhei uma cunhada, será diferente, é tedioso ficar só. Imagino que sim, antes de se casar com Aaron, ela tinha uma vida movimentada, essa troca é difícil de se acostumar. Recebemos nossos pedidos e voltamos para carro. — Eu gostaria de ver Aaron, Edu. Diz Mitchi olhando para refeição quente. — Algum problema senhorita? Não está comendo, está passando mal? Edu dizia com certa preocupação no seu tom de voz. — Estamos bem, está muito quente, não faz bem. Assentiu ele, ligando o carro, não demorou muito para o carro estacionar em frente ao prédio muito bonito diferente do dia passado. Ao entrarmos, revelou ser um clube noturno, segui os passos de Mitchi enquanto alguns homens acenavam para ela enquanto passávamos, subindo as escadas, invadimos o corredor estreito até encontramos uma sala luxuosa onde alguns homens estão acomodados. — Senhorita Mitchi, senhorita, Milla. Eles ficaram em pé, Edu estava a nossa trás carregando nossas sacolas. — Boa tarde, Aaron está ocupado? Mitchi questionou sem jeito, a porta do escritório é aberta e homens saem sorrindo. — Senhoritas Charter. Assenti para eles enquanto eles passavam por nós, minha cunhada tocou meu braço me puxando para entrar no escritório. Aaron ficou rapidamente em pé surpreso com nossa visita. — Anjo, Milla. Assenti em resposta. — Leo localize meu irmão. — Sim senhor. — Como está nosso filho hoje? Suas mãos tocaram sua barriga antes dele abrir um sorriso profundo. — Bem, compramos hambúrgueres, mas, eu não quero mais hambúrguer, quero comprar outra coisa. Franzi o cenho. Ela quer comprar ou comer? — Esqueceu que me mandou para verificar nosso cliente problemático? Kali fechou o ecrã do seu telefone e olhou para cima seu semblante surpreso em nos ver. — Vamos sair para comer, meu filho está com fome. Ele olhou para sacolas que estão com Edu, depois suspirou passando a mão na cabeça parecendo um pouco irritado. Quando entramos no carro notei uma locomotiva de seguranças, Mitchi parecia animada com o passeio enquanto Kali assume o volante não muito feliz. Meus olhos ficaram em choque quando invadimos um mercado suburbano, nada do que estou acostumada a frequentar, o cheiro de comida de rua inquieta minhas narinas. Kali procura um lugar para estacionar seu carro luxuoso no bairro erro errado. — Permaneça perto de mim. Diz Kali carregando sua arma antes de colocar de volta no coldre, descendo do carro, eu me arrependi de ter escolhido estas roupas que gritam dinheiro, as pessoas nos encaravam outros não se importavam. — O que é isso? Eu apontei para carne espetada. — Tocinha de porco. Franzi o cenho confusa. — Gordura de porco. Kali sorrio, ele pediu duas espetadas ao senhor, tirando a nota de cem dólares como pagamento, eu peguei mordi a carne esperando pelo gosto ruim, entretanto não veio, é surpreendente muito bom, saboroso, gosto magnifico. — Você nunca comeu comida de rua? Ele questionou surpreso. — Não, minha primeira vez. Lambei meus lábios me deliciando do sabor magnifico, Kali, cuidadosamente me levou para outras bancas e comprou tudo que encontrou pelo caminho apenas para satisfazer minha curiosidade, era interessante e descontraído conhecer lado tranquilo e engraçado, diferente do que estávamos a viver. Bom basicamente, não tínhamos nenhum tipo de contato além de dois estranhos tentando se conhecer. — Finalmente chegaram. Diz Mitchi, nós nos sentamos na pequena bancada desajeitada, o mini restaurante, seja lá como chama é diferente do que estou acostumada a frequentar, sem poltronas de luxos, ambiente requintado, champanhe ou vinho, tudo aqui é simples e prático. — Você nunca frequentou este tipo de lugar? Mitchi questionou-me rindo da minha cara. — Eu nem fazia ideia que existia. Tentei colocar um sorriso em meus lábios. — No entanto a comida é muito deliciosa, o sabor exótico e convidativo, apagam completamente o estado precário deste lugar. Sorrio. Uma senhora, traz uma bandeja enorme de carne de porco, fritas e salada de alface, o cheiro é maravilhoso, Kali serviu uma porção de um pouco de tudo no prato e me entregou, sorri agradecida. Levei a carne até minha boca e não me arrependi de ter provado, é muito bom. — Gostou? Assenti rapidamente para Kali enquanto terminava de mastigar o pedaço de carne. Usei o garfo para cortar a carne de porco, levantei minha mão e levei para boca de Kali, ele abriu a boca recebendo satisfeito a carne. — Bom? Questionei e ele assentiu satisfeito, meus pequenos dedos tocaram seus lábios limpando cuidadosamente molho que escorria para sua barba ainda por fazer. Nossos olhares se encontraram e conectaram-se por um momento, antes de eu desviar o olhar para meu prato. — Você vai gostar disso. Dei uma mordida na carne gordurosa, é meloso e grudento. — É diferente, é a parte mais gordurosa, não é? — Sim, muito bom, acompanhado com álcool. Dei outra mordida na carne gordurosa, sorri para Kali agradecida pela turnê e pelo passeio gastronômico. Devoro batata frita sem me importar em manter a forma, quando finalmente estava satisfeita, suspirei limpando a boca com o guardanapo. — Deixe-me ajudar. Senti as mãos de Kali junto as minhas mãos e um arrepio percorreu pelo meu corpo, levantei os olhos para o encarar fascinada com seu olhar penetrante, suavemente, ele limpou minhas mãos gordurosas com um guardanapo. — Obrigada. Digo a ele sorrindo. Quando ele ia responder, uma voz penetrante lembrou-nos que não estávamos sozinhos. — Hora de ir. Diz meu cunhado ficando em pé, abrindo sua carteira, ele retirou várias notas de cem dólares e guardou na mesa. Kali me ajudou a ficar em pé, sua mão pousou em minha cintura enquanto seus pais me guiam para longe do mercado, entrando no carro, eu apoiei minha cabeça sobre seu peito. Mitchi tem toda razão, devo me concentrar no meu casamento e na minha felicidade, prender-me ao passado não me ajudará em nada, apenas desgastará meu casamento e uma infelicidade infinita. Quando chegamos em casa, encontramos a pequena Violeta sentada fazendo o dever de casa, ela estava tão concentrada que não saiu do seu lugar quando Aaron foi cumprimenta-la. — Vou me trocar. Disse Mitchi, caminhei até a cozinha, depois de lavar as mãos, servi copo de leite e biscoitos para Violeta. — Obrigada tia. Assenti antes de subir para outro banho do dia, estava secando meus cabelos quando Kali entrou no banheiro. — Sinto muito, não quis invadir sua privacidade. Desliguei o secador para interagirmos melhor. — Tudo bem, estava de saída.