Mari se ofereceu pra me ajudar, mesmo sabendo que aquilo era uma loucura. Mesmo sabendo que, se desse errado, a gente podia parar num reformatório ou coisa pior. Mas eu precisava acabar com aquela história. Precisava enterrar aquele passado antes que ele me engolisse viva.
A gente passou dias tramando. Desenhamos o plano numa folha de caderno como se fosse roteiro de filme ruim. Entraríamos na casa da Jennifer com a ajuda de três caras que contratamos. Eles sabiam abrir portas sem chamar atenção. O tipo de gente que não faz perguntas, só cobra caro.
O bom de ter o sobrenome do meu pai e o cartão dele no bolso era que dava pra comprar quase qualquer coisa. Até silêncio.
Nos dias que antecederam a invasão, eu continuei existindo como u