Eu fiquei ali deitada, a cabeça encostada no peito dela, ouvindo seu coração bater num compasso calmo, completamente diferente do caos que era o meu.E me peguei pensando:Como eu, Alisson, tão cheia de listas, horários, planos rabiscados em agendas coloridas tinha me permitido cair assim por uma garota que ainda era, de certa forma, um mistério?Uma parte de mim queria se julgar. Dizer que eu estava sendo impulsiva, que isso ia dar errado. Mas outra parte só sentia paz. Como se, finalmente, algo encaixasse no lugar certo.O toque dos dedos da Ever no meu braço me tirou do transe. Ela passava a ponta deles devagar, desenhando caminhos invisíveis na minha pele.— Ei... tá viva aí? — murmurou, num tom baixo, preguiçoso, quase sonolento.— Hm? Tô. — Suspirei. — Só... pensando.— Em mim, espero — disse, com aquele sorriso torto que era puro deboche, mas que eu já tinha aprendido a decifrar. No fundo, era só o jeito dela se proteg
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