A música ainda ecoava atrás de nós, mas tudo já parecia um ruído distante. Ever me puxava com firmeza pela mão que não estava machucada, abrindo caminho entre os curiosos que se amontoavam ao redor da confusão que acabara de acontecer. Ela andava rápido, determinada, os olhos faiscando com raiva e urgência. Meu corpo mal obedecia, trêmulo, e a cabeça rodava por causa da bebida e do choque.
— Sai da frente — ela gritou, empurrando um garoto alto que tentava filmar com o celular.— Qual é, garota! — ele protestou, mas recuou ao ver o olhar dela.Ever me puxou mais pra perto, me envolvendo com os braços enquanto passávamos pela sala lotada, pelos jardins, pela varanda. Seu peito era quente contra meu rosto. E eu estava chorando. Chorei mais forte quando ela sussurrou no meu ouvido:— Tá tudo bem agora... Eu tô aqui, Alisson. Eu tô aqui com você.As pernas já não me sustentavam. Era como se o chão tivesse desistido de mim.Do lado de