Rhea D'onson é uma jovem com poderes inimagináveis de voltar no tempo. A garota ao longo dos anos me usa seus dons de forma imprudente, tentando consertar todos os erros que cometeu no passado, não tendo noção do quanto isso poderia ser perigoso. Rhea se vê perdida quando o amor da sua vida não está mais apaixonada por ela e em uma arriscada tentativa de voltar no tempo para conquista-la de novo, a garota é interceptada por Morelli, que mostra a Rhea que ela não é a única com poderes. Existem outros. E que talvez, ela fosse muito maior do que imaginava. A viajante do tempo é levada ao Monastério Azkan, um lugar na Tailândia onde jovens e adultos aprendem a lidar com seus dons.
Leer másA sala da ala de psiquiatria era toda em tom de cinza escuro. Havia uma prateleira cheia de livros do topo até o chão, algumas fotos de paisagens espalhadas por todo o canto e uma janela enorme que dava de frente para um prédio imenso.
O céu, naquele dia, estava nublado e algumas gotículas tentavam atravessar o vidro, junto com o vento de outono. Algumas folhas alaranjadas caíam das árvores, enquanto relâmpagos explodiam entre as nuvens.
A mente de Rhea D'onson viajava diante a tudo aquilo, tanto que ela nem sequer notou a porta se abrindo. Logo, uma mulher de cabelos loiros escuros sentou em frente a ela, com uma xícara de café em uma mão e uma prancheta cheia de papéis na outra :
- Por que eu estou com a camisa de força? Eles acham que eu posso te machucar?
- Não, senhorita D'onson. Creio que isso seja para a sua proteção..
- Pare com essa formalidade, não precisa me chamar de senhorita D'onson. Meu nome é Rhea!
- Como quiser, Rhea! - Respondeu a loura - Eu sou Dona, Donatella Str..
- Striker!
- Como sabe o meu nome?
- Eu sei de muitas coisas sobre você, Dona.
- Como?
- Daqui a alguns, vamos ser grandes amigas. Pois, depois de me conhecer você vai tentar descobrir a causa da minha doença. Você vai chama-la de "Expansão cerebral"
- E o que isso quer dizer?
- A capacidade de usar uma parte maior do cérebro, a parte que nenhum ser humano usa. Pra ser específica, usar a parte que consegue reviver, fisicamente, qualquer memória. - Respondeu Rhea - Em outras palavras..
- Viajar no tempo! - Exclamou Donatella, um tanto eufórica. - Isso é.. é impossível.
- Você ta achando que eu sou louca também, não é
- Não acho! Alguns monges no Tibet meditam durante uma grande parcela de suas vidas. Na tentativa de conseguirem usar 100% do cérebro. - Respondeu Dona - Alguns conseguem até mesmo levitar..
- Não imagina o quanto esses monges se gabam por isso. - Brincou Rhea, sorrindo para a psiquiatra.
- Então, por que não me conta como tudo aconteceu?
- Tudo o que? - Perguntou Rhea.
- Quando percebeu que você podia voltar ao tempo.
- E o que eu vou conseguir com isso?
- Eu não sei, senhorita D'onson
- Você me tira dessa camisa de força?
- Se conseguir me convencer... Talvez você saia por aquela porta sem estar amarrada. - respondeu a psiquiatra.
- O ano era 1996, eu tinha 6 anos de idade na época...
Era primavera e estava ensolarado, a vizinhança em Memphis era calma. O carro do sorveteiro tinha acabado de passar e eu havia comprado um picolé de uva. Quando terminei de chupa-lo, decidi pegar minha velha bicicleta roxa e sair pelo bairro correndo com ela.
O ar fresco esvoaçante batia no meu rosto,enquanto eu subia a rua de cima rumo ao parque. Atrás dele tinha um pequeno bosque por onde eu sempre gostei de andar, pois havia muitas árvores e um campo cheio de girassóis.
Naquele dia eu subi até o ponto mais alto do bosque com a minha velha bicicleta. E de lá dava para ver todo o meu bairro. Então, fechei os olhos e respirei o mais fundo que consegui e dei um enorme impulso, descendo todo o bosque o mais rápido que consegui. Desci tão rápido que nem notei uma árvore enorme que estava em minha frente.
Quando percebi que iria bater , tentei desviar e bati na árvore ao lado. Com o impacto, muitos galhos se partiram e caíram em cima de mim. Dentre eles, uma coméia de abelhas caiu ao meu lado e eu fui picada por centenas e centenas de abelhas.
Eu sabia que iria morrer, a dor era tanta que eu já estava anestesiada. Eu sentia o veneno das abelhas entrando na minha corrente sanguínea, minha boca estava amarga e minhas vistas estavam ficando turvas.
Não demorou muito para que o veneno atingisse a minha traqueia, e logo respirar começou a ser um problema. Eu tinha que aceitar a minha morte, era a única coisa que eu poderia fazer naquele momento.
Eu era só uma garotinha, que mal começou a viver a vida, mas eu sabia que aquilo era o meu fim. Fechei os olhos e esperei meu coração parar de bater, eu estava com medo.
Foi aí então, que nos meus últimos sopros de vida, senti um formigamento que começava na cabeça e depois passou para o resto do corpo, depois senti um som estrondoso e uma forte dor de cabeça que só durou alguns segundos.
Quando abri os olhos, eu estava novamente no ponto mais alto do bosque. Sentada em cima da minha bicicleta roxa. Até hoje eu lembro daquela sensação de morte.
- Você contou para alguém sobre aquilo? - Perguntou Donatella, enquanto anotava tudo em seus documentos.
- Quando contei aos meus pais, eles acharam que eu era esquizofrênica. E começaram a me levar para todos os psicólogos do pais. Eles só pioraram tudo.
- Isso durou muito tempo?
- Só alguns anos! - Respondeu Rhea - Quando fiz 14 anos meus pais morreram e eu acabei indo morar em Washington. Não faz tanto tempo.
- E o que te trouxe a San Francisco?
- Melanie Crosby.
Sala de segurança: - Com licença , o senhor é Mike D'onson? – Perguntou um homem ao garoto todo encolhido na parede, um homem robusto e careca com roupas escuras o encarava, Mike estava totalmente transtornado.- Quem é você ?- Alguém que pode te ajudar .- Eu não sei o que esta acontecendo comigo . – Os olhos do garoto estavam negros e uma fumaça também negra emanava de seu corpo .- Chegou a sua hora, meu filho. E você precisa vir comigo. – O homem ajudava Mike a se levantar do chão. O garoto estava trêmulo e muito assustado.Os dois saíram pela porta da sala de segurança e os ambos caminhavam dentre os corpos ao chão. Centenas de corpos sem vida espalhados por todo o canto.- Você fez um estrago e tanto . – Brincou o homem que ajudava Mike a andar, já que o garoto estava em estado
- Isso responde a todas as suas perguntas, Dr. Striker?- Como isso tudo pode ser possível, senhorita D'onson ?- Você esta me pedindo uma prova, é isso?- Não me leve a mal .. mas não costumo ouvir histórias como esta em meu consultório. Sendo assim, acho um pouco compreensível essa minha, duvida . - Respondeu Donatella .- Me solte .- Como é ?- Me solte dessa camisa de força e eu te provo que isso tudo é real.- Ok . - Disse Donatella , ela desamarrou a camisa de força e então Rhea se levantou da cadeira onde estava sentada .- Vamos dar um passeio - Ela disse estendendo a mão para a Dr.Striker a olhou com um pouco de medo, porém pegou na mão de Rhea . Ela sentiu um formigamento em sua cabeça, acabou fechando os olhos de tanta dor que sentiu . Ao escuta
Capitulo Final ( part 2)- Não deveria ter me humilhado naquele dia, viajante... Agora você teve o que mereceu.Rhea fechou os olhos esperando já a sua morte, quando os abriu novamente estava em um monte totalmente diferente. Não havia ninguém ao seu redor , nenhuma guerra . Seu ferimento também havia desaparecido dali como num passe de magica .Ela se levantou do chão e ao longe viu uma figueira , sentando em posição de Lotus meditava Siddhartha , popularmente conhecido como Buda.Rhea andou em sua direção sem entender o que estava acontecendo , Buda abrira os olhos e sorriu ao ver a viajante ali :- Sente-se, minha filha . - Disse ele . Rhea sentou-se ao seu lado , também na posição de Lotus . - É muito bom te ver, Raj .- Fico feliz em te ver também, meu paiMas o que faço aqui?- Vejo que esta perdendo a batal
Capitulo Final ( part1)" - Quando percebi que iria bater, tentei desviar e bati na árvore ao lado. Com o impacto, muitos galhos se partiram e caíram em cima de mim. Dentre eles, uma coméia de abelhas caiu ao meu lado e eu fui picada por centenas e centenas de abelhas.Eu sabia que iria morrer, a dor era tanta que eu já estava anestesiada. Eu sentia o veneno das abelhas entrando na minha corrente sanguínea, minha boca estava amarga e minhas vistas estavam ficando turvas. Não demorou muito para que o veneno atingisse a minha traqueia, e logo respirar começou a ser um problema. Eu tinha que aceitar a minha morte, era a única coisa que eu poderia fazer naquele momento. Eu era só uma garotinha, que mal começou a viver a vida, mas eu sabia que aquilo era o meu fim. Fechei os olhos e esperei meu coração parar de bater, eu estava com medo. Foi aí ent&atild
Um corpo cercado por uma luz forte e densa pairava sobre a viajante, os olhos brilhavam em um branco celeste. A paz reinava naquele ser que Rhea via tão nitidamente no plano astral. As duas se abraçaram.E houve um grito.Rhea despertara de seu sono profundo, totalmente diferente. Seus olhos estavam ainda mais brilhantes. Seus cabelos estavam ainda mais curtos e brancos. Uma áurea se formava por todo o seu corpo, como uma leve neblina quase imperceptível:- Bem vinda, Raj. - Disse Teman, curvando-se. - Bem vinda de volta.- Azkan, meu velho amigo e mestre. - Disse Rhea, olhando para ele. - Obrigada por me trazer de volta.- Seus poderes estão voltando, Rhea D'onson, viajar no tempo agora não é seu único dom. Raj está viva dentro de você. - Explicava Azkan.- Minha cabeça está confusa. Sei de coisas nesse momento que antes eu não sabia. Sinto uma paz est
Os ventos dos quatro cantos do mundo eram agitados naquele dia, dando um ar meio apocalíptico. Coisa que não ajudava muito naquele momento. Dizem que todos os monges, em suas essências, eram pessoas calmas, de uma plenitude imensurável.Mas não era esse o caso no monastério Azkan. Jéhtro estava quase em surtos, em uma discussão sobre que o estava prestes a acontecer :- Não temos muito tempo, precisamos de todo mundo.- Acha que esses jovens estão prontos pra tudo isso, Teman?- Jéhtro, os treinamos com a máxima dedicação. Sabíamos que esse dia iria chegar muito em breve. Precisamos deles.- Mas não pensei que estaria tão perto, Teman.- Vamos, meu amigo. Não temos muita escolha. - Teman, ao contrário de Jéhtro, estava conformado e sua missão naquele momento, era de consolar e dar forç
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