Quem já teve um homem árabe dificilmente se sente interessada por outro homem de outra cultura. Eles são diferentes.
Tenho certeza de que ele consegue ver meus olhos ainda enevoados de desejo. Ele sorri para mim de um jeito muito doce. Meu coração se agita muito mais do que se ele tivesse me dado um sorriso cínico, perverso, ou outra natureza de sorriso.
Ele passa a mão de forma carinhosa no meu rosto e a segue com os olhos, parece notar minhas pequenas sardas, então eles procuram os meus novamente.
—Depois disso tudo que experimentamos nos braços um do outro, precisamos ter uma nova conversa.
Eu o olho calada por um tempos sem fala.
Como negar-lhe o pedido? Eu não tenho forças para afastá-lo de mim.
—Conversaremos, mas dessa vez num lugar neutro. Não no seu quarto.
Ele dá um sorriso de canto de lábios.
—Tudo bem. Amanhã eu passo na sua casa.
Eu respiro fundo, meu coração ainda agitado no peito.
—Que horas?
—Na hora do almoço. Podemos ir a um restaurante.
—Está certo. Vou te dar meu endereço.
—Eu tenho seu endereço. —Ele diz sério, enfático.
Então me olha por um tempo. Seus olhos viajando pelo meu r