Era uma vez um homem árabe que se apaixonou por uma mulher estrangeira. Ele lutou contra tudo e todos, mas não soube usar as armas certas.
Pouco tempo depois estamos no quarto, dando vazão a tudo o que fora contido, guardado por tanto tempo em nossos corações. O amor, o carinho, a cumplicidade...
Olhamo-nos com franqueza, não há nada a esconder.
Nenhum temor para nos assolar.
Nenhuma reserva em nossos corações.
Depois da tempestade, estamos vivendo uma bonança e espero que ela permaneça até o fim dos nossos dias.
Toco seu rosto e sorrio, quando nossas testas se encostam, aspiro o ar que sai dos lábios de Anna. Pensamentos de repente me tomam, me dizendo que quase eu a perdi. Se não fosse pela doença de sua tia, tudo que estava oculto não viria à luz.
Seguro a pessoa que mais amo nos braços e, de repente, todo meu tormento perde a força ante a minha felicidade.
O medo de perdê-la.
A dor quando a perdi.
As noites insones.
O chorar até dormir.
A raiva.
O desespero.
As horas de depressão com o entendimento que a minha vida sonhada não aconteceu, que meu sonho foi desfeito.
O ódio.
Tudo isso faz parte do passado...
Uma