O minarete mouro da Mesquita Cutubia, do século XII, ergue-se imponente, visível da janela do meu escritório. De onde estou, também avisto a Medina — uma cidade murada, vibrante e antiga, herança viva do Império Berbere. Suas ruas estreitas formam um labirinto de sons e aromas: os souks fervilham com tecidos coloridos, cerâmicas artesanais e joias tradicionais.Estou em Marrakesh, a joia imperial do oeste do Marrocos. Aqui, entre mesquitas, jardins e mercados, reina o contraste entre o luxo e a história. O meu palácio, um símbolo de poder e tradição, ergue-se em um dos bairros mais ricos e privilegiados da cidade.— Soberano — ouço a voz de Omar, meu conselheiro mais antigo.Giro a cadeira e o encaro. A expressão dele carrega uma ansiedade incomum. O silêncio pesa entre nós.— Algo errado? — pergunto, a voz firme, mesmo com a curiosidade crescente.Ele demora a responder, e isso só aumenta meu desconforto.— Há... uma pessoa que deseja falar com o senhor. — A voz de Omar treme, coisa
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