—Para eu te perdoar você precisa confessar que errou.

A respiração de Hassan se agita. Seu olhar perspicaz como o de uma águia se tornam frios sobre os meus.

—Eu não vou confessar algo que não sinto. Se tivesse um máquina do tempo e voltássemos ao passado, eu repetiria minhas ações novamente. Eu faria de tudo para tê-la.

Reparo no seu timbre determinado, duro, natural de um homem que está acostumado a ter o que quer.

Ele será Sheik. Como poderia ser diferente?

—Então continuará me enganando?

Hassan rindo avança na minha direção.

Ele acha graça nisso?

—Não seja dramática, habibi. Não há mais nada a esconder de você. Está satisfeita?

Eu respiro fundo e não digo nada. Quero rir de desgosto. Ele continua avançando enquanto fala:

—Vem, habibi. Vamos jantar. São quase seis horas da tarde. Aqui as refeições seguem os horários certos. Não está com fome?

Eu dou um passo para trás.

—E se eu não quiser comer agora?

—Anna. Por que complica as coisas?

—Responda-me!

—Poderá ir até a cozinha e pedi