Deus! É difícil lidar com esse homem assim.
No horário combinado, estou em frente à grande porta da suíte presidencial. Meu coração pulsa descompassado enquanto ergo a mão e dou três batidinhas firmes na madeira imponente. A porta se abre quase de imediato, e Hassan surge diante de mim — os cabelos ainda úmidos do banho, o corpo coberto apenas por um camisolão branco de tecido espesso, aberto em V no peito. Um medalhão dourado repousa sobre o tórax largo e peludo, capturando a luz e devolvendo-a em reflexos quentes.
Por um instante, perco o ar.
E as palavras.
Um príncipe do deserto, o senhor das dunas, um oásis para os olhos...
Bem árabe!
Será que se vestiu assim para entrar no clima da dança?
Ou para me provocar, só porque sabe o quanto desprezo o machismo da sua cultura?
Não sei.
— Entre! — ele diz, abrindo um sorriso lento, confiante, quase perigoso.
Atendo ao convite e entro, apertando contra o corpo a sacola com minhas roupas. Meu queixo cai diante da ostentação do ambiente. Jamais estive em um lugar tão luxuoso em toda a