O primeiro dia de aula na escola da matilha chegou com muito mais alvoroço do que Caelum gostaria.
Aurora arrumava sua mochila feita de couro trançado, colocando um cantil pequeno, pergaminhos, carvão para escrita e um pãozinho doce embrulhado num pano.
— “Vai ser legal, Cael,” — disse ela, ajeitando os cabelos dele. — “Você vai aprender a história das matilhas, as fases da lua, como rastrear cheiros... e até a calcular estrelas!”
— “E se eles... não gostarem de mim?” — murmurou o menino.
Darius entrou na sala, ouvindo a pergunta. Cruzou os braços e falou com aquela firmeza tranquila que só ele tinha:
— “Então o problema é deles. Você é meu filho. E é mais forte do que pensa.”
Caelum tentou sorrir. Mas o nó na barriga estava lá.
A escola da matilha ficava em uma clareira cercada de árvores antigas, onde o vento soprava como se cochichasse histórias velhas. Havia um salão de madeira e pedra, com peles nos bancos e um fogo aceso no centro.
As crianças já estavam reunidas quando ele cheg