O vento da madrugada assobiava entre as torres da fortaleza.
Era uma noite fria, cheia de promessas quebradas e segredos sussurrados nas sombras.
Aurora acordou de repente, o coração martelando no peito.
Ao seu lado, Darius já estava meio sentado, olhos dourados acesos no escuro como duas brasas.
— Você sentiu? — ele perguntou, a voz rouca de preocupação.
Ela assentiu.
— Caelum. — disse, já jogando o cobertor de lado.
O espaço vazio no quarto do pequeno era a primeira confirmação de que algo não estava certo.
Darius rosnou baixo, um som instintivo, primitivo.
— Ele está escondendo algo da gente. — rosnou. — E isso não é normal. Nem para um filhote precoce como ele.
Aurora caminhou até a janela, os olhos vasculhando o pátio silencioso. Ela podia sentir o cheiro do filho no ar: misturado com... medo? Excitação? Culpa?
— Ele não está apenas brincando. — ela murmurou. — Ele está... investigando.
Darius se aproximou, as mãos fortes pousando nos ombros dela.
— Talvez tenha herdado mais de v