A noite caiu pesada sobre a floresta. Nenhum som de coruja, nem o farfalhar do vento. O silêncio era espesso como fumaça. Aurora sentia o coração pulsar junto à terra, agora conectada a algo que nem ela compreendia completamente. Morgra dormia encolhida perto do fogo, mas a jovem não conseguia fechar os olhos. O espelho e o frasco prateado estavam ao seu lado como lembretes de que nada seria como antes.
Ela bebeu o líquido.
No segundo seguinte, foi como se tivesse engolido relâmpago. A mente clareou. As vozes sumiram. Pela primeira vez em dias, ela conseguia pensar sem dor.
E com clareza veio a decisão.
Ela ia treinar. Ia lutar. Ia proteger o que era dela.
—
Enquanto isso, na fortaleza, o caos.
Darius destruía o salão principal. A mesa da aliança — partida ao meio. Os guerreiros se entreolhavam, tensos, sem ousar interromper o alfa em fúria. As garras dele estavam à mostra. Os olhos, dourados e bestiais. Um rugido ecoou pelas paredes de pedra, estremecendo até os pilares.
— Quero Morg