O nome Emberlain vinha se tornando quase uma constante na minha rotina. Mesmo quando eu tentava me afastar, ele parecia encontrar uma forma de me alcançar — nas conversas, nas revistas, nos convites que circulavam por todo o círculo social de Santi e Miguel.

Mas foi Lara quem trouxe a novidade da vez.

— Gente, vocês acreditam? A Isabela me chamou pra ajudar num evento da Fundação Montenegro. — Ela entrou no quarto esbaforida, com o celular na mão e um sorriso impossível de conter.

— Fundação o quê? — perguntei, tentando soar distraída enquanto prendia o cabelo.

— Montenegro. É o sobrenome da mãe deles, sabia? A fundação leva o nome dela. — Lara explicou, se jogando na cama com o entusiasmo típico de quem não tinha ideia do que acabara de causar dentro de mim.

“Ah, claro… a mãe.”

A peça que faltava. Tudo o que envolvia Dante, de alguma forma, voltava a um núcleo familiar perfeitamente alinhado, intocável, enquanto eu parecia sempre o elemento fora do lugar.

— Que legal — murmurei, disf