O jantar já estava pronto.
O cheiro que vinha da cozinha agora preenchia toda a casa — uma mistura acolhedora de temperos caseiros, hortaliças frescas e pão recém assado. Era o tipo de aroma que fazia qualquer um se sentir em casa, mesmo que, por dentro, alguns corações estivessem em guerra.
Tommaso, já de banho tomado e cabelos ainda úmidos, surgiu pelo corredor com a mesma animação de sempre, agora usando uma camisa limpa e folgada, com os botões mal alinhados. Sentou-se à mesa esfregando as mãos, faminto.
— Agora sim, é disso que eu estava falando! — exclamou, olhando para a travessa fumegante no centro da mesa. — A cozinha da Ludovica é a melhor do país. Se o mundo tivesse juízo, ela era chef em Paris.
Ludovica riu, tímida, mas satisfeita. Havia trazido o seu melhor aparelho de jantar — aquele com florezinhas azuis na borda — e colocado as travessas com todo cuidado. A mesa estava um verdadeiro espetáculo: ensopado grosso de carne com legumes, pão de fermentação natural, arroz fre