Constantine vivia em uma fazenda no interior com os tios desde que seus pais haviam morrido. Na época, ainda criança, não tinha qualquer vínculo com eles. Mas após o trágico acidente que a deixou órfã, foi enviada à tutela do casal, e ali construiu uma nova vida. No interior, cercada por uma rotina simples e sem grandes agitações, ela cresceu. Com o tempo, aprendeu a amar a terra, os animais, o silêncio da manhã, o cheiro do café recém passado misturado ao da terra molhada. Agora, aos 26 anos, dominava com leveza os afazeres da fazenda e carregava no peito uma tranquilidade que só a natureza sabia proporcionar. Até que, numa manhã comum, uma carta chegou. Era um envelope pardo, de papel firme e tom ameaçador. O tio leu em voz baixa, com a testa franzida e os olhos úmidos: o antigo dono da fazenda havia morrido, e a propriedade fora vendida a um rico empresário da cidade. A notícia caiu como uma tempestade fria sobre todos. E pior: o novo administrador, de maneira ríspida e i
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