Capítulo 10 O Chalé do Pão de Forma Durante todo o trajeto, depois de desembarcarem em um aeroporto regional, Umberto permaneceu em absoluto silêncio sobre o destino. Conduzia o carro com serenidade, o olhar atento à estrada e um discreto sorriso no rosto. Emilyke, por outro lado, mal conseguia conter a ansiedade. — Vamos para o litoral? — arriscou ela, mais de uma vez, tentando arrancar alguma pista. Mas Umberto apenas desviava o olhar para ela por um instante, murmurando com suavidade: — Confia em mim. Conforme o tempo passava, ela foi percebendo que se afastavam cada vez mais da civilização. A paisagem urbana foi sendo substituída por campos verdes, colinas longínqua, árvores frondosas e o som dos pássaros. Era, de fato, um cenário deslumbrante… para quem apreciava o contato com a natureza. Emilyke, porém, não era uma dessas pessoas. Seu universo era feito de concreto elegante, jantares refinados e comodidades irrepreensíveis. O cheiro da terra, o som do mato, o vento entre as
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