Bianca Ambrósio retirou os óculos escuros e revelou olhos frios e arrogantes.
“Por que a noiva do senhor Trevisani está aqui?” A pergunta martelou em minha mente. “Tomara que ele não esteja por perto”. O meu coração errou algumas batidas só de pensar nessa possibilidade.
— Seja bem-vinda, mademoiselle! — exclamou a gerente, assumindo o papel de anfitriã com um sorriso excessivamente solícito. — É um prazer tê-la aqui.
Bianca respondeu com um esgar discreto, o suficiente para mostrar que estava acima daquele lugar. Seus olhos percorreram o ambiente com desprezo disfarçado, até pararem em mim. Era impossível não notar a expressão de triunfo que se desenhou em seu rosto.
— Vicky, atenda a mademoiselle Ambrósio.
Engolindo meu orgulho, fui à mesa. Ajustei o avental e sorri contidamente.
“Isso, finja que está tudo bem, garota”, eu dizia para mim mesma em pensamentos.
— Que mundo pequeno… — comentou Bianca, sem sequer me dirigir o olhar. Havia deboche em cada sílaba. — Queria muito que o Ma