Maximus.
— O que digo pra sua noiva, senhor? — perguntou Estéfano.
— Inventa alguma desculpa, diz que tive que ir pra Madri… — mandei, saindo de perto.
No outro cômodo, Vitória ajeitava o nosso filho na cadeirinha. Minha sobrinha estava com a tela do meu celular apontada para o bebê.
— Sorria, Théo! — Allegra fazia caretas exageradas, puxando a língua e balançando a cabeça.
O bebê soltou uma gargalhada aguda, batendo as perninhas e esticando os braços. A visão daquele rosto diminuto atraiu a minha atenção. Aquele era o meu filho. Um pequeno ser que foi gerado num momento de paixão turbulenta com a mulher que me odiava.
Allegra capturou o momento no celular e veio correndo me mostrar, pulando, toda animada.
— Olha, Tio Max! O Théo está feliz.
Peguei o celular e olhei a foto. Théo esboçava um sorriso banguela. Aquela era a família que eu nunca soube que desejava.
— Vou preparar um lanche para Allegra — ela disse, sem me olhar. — O senhor deseja algo?
— Não! — falei, tentando m