Vitória.
Saí do elevador e andei pelo saguão. Não entendia porque o Maximus veio atrás de mim no corredor da ala pediátrica, mas achei melhor sair logo daquele hospital.
— Ninguém vai tirar você de mim, — disse baixinho para Théo e segurei o meu filho firmemente nos braços.
Apressada, rumei para a saída e mantive os olhos fixos na calçada irregular. Mesmo com dificuldade de segurar meu bebê, a bolsa e a pasta, fiz sinal para o táxi. Abri e entrei.
— Para onde, senhorita? — Perguntou o motorista.
Meus batimentos cardíacos ficaram mais fortes no segundo em que vi o senhor Trevisani cruzando as portas do hospital.
— Na praça de Saint-Michel — informei enquanto olhava o homem que vinha correndo atrás do carro parado.
— Na cidade velha de Cassis?
— Sim!
O condutor deu a partida e eu não olhei para trás. Tratei de ignorar o chamado do senhor Trevisani até que o carro virou a esquina.
Théo se mexeu, tirando a manta do rosto. Levei a mão aos cabelos, passando os dedos entre os fios espessos