Ponto de vista de Maximus
Jamais imaginei que, após enfrentar magnatas inescrupulosos, atravessar negociações que poderiam derrubar impérios e conduzir acordos que interferiram diretamente no rumo de nações, eu me veria tão desarmado. Não pela astúcia de um oponente, tampouco por uma ameaça concreta, mas por ver aquela mulher apertando um bebê pequeno nos braços, frágil, cujos soluços mal conseguiam romper o silêncio pesado daquele corredor hospitalar.
Por mais que meu sangue fervesse, que minha mandíbula permanecesse cerrada a ponto de doer, não fui capaz de virar as costas. Havia algo profundamente arraigado em mim que me impedia. Não, não era por ela. Jamais seria. O que pulsava dentro do meu peito naquele segundo era um sentimento de que uma criança não devia carregar a culpa de seus pais. Quando os enfermeiros vieram correndo e tiraram aquele menino do colo dela, eu senti seus dedos se fecharem em meu antebraço. Suas mãos tremiam, frágeis, e antes que ela tivesse a ideia idiota