Enrico
O "o quê?" saiu mais alto do que eu esperava, carregado por uma incredulidade que rasgava o ar como um trovão. Eu tinha descido as escadas para buscar um dos meus relógios na sala de estar quando escutei a voz do Giacomo. O que ele disse me acertou como um soco: “Tem bebezinho aqui…”
Parei no último degrau, meus olhos fixos na cena diante de mim.
Giulia estava no chão, ao lado do meu filho, com o rosto molhado de lágrimas e uma expressão que oscilava entre pânico e rendição. Andrea estava de pé, como um velho conselheiro que já sabia de tudo antes mesmo das palavras serem ditas.
— Giulia… — meu tom foi mais baixo agora, denso. — É verdade?
Ela não conseguiu responder de imediato. Levantou-se com um movimento hesitante, como se estivesse saindo de um sonho ruim, e olhou diretamente para mim. Era a primeira vez, desde que a contratei, que via nos olhos dela algo quebrado, frágil. Ao mesmo tempo, havia firmeza. Um tipo de coragem que só nasce no meio do caos.
— Sim — respondeu, a