Rafaela se sentou bufando, claramente no limite, e Pedro a abraçou de lado, tentando conter o tremor dos ombros dela. Leonardo se levantou devagar, posicionando-se entre Augusto e o resto da sala como um muro humano.
— Você sabe muito bem que não fui eu, Augusto — disse, firme, sem alterar a voz. — Eu nunca precisei disso pra subir na vida. E, sinceramente, falaram mal de mim também, percebeu? Coisas que você sabe muito bem que não são verdade.
— Eu não sei de mais nada — Augusto rebateu, a voz trêmula de raiva. — Histórias que deveriam estar enterradas não estão! — eu olhei pra baixo engolindo seco. — Minha filha quer fazer sei lá o quê da vida dela, nada está como deveria ser.
— E eu não tenho nenhuma culpa se você perdeu o controle de tudo — Leonardo devolveu. — Então é melhor respirar, se acalmar e tentar resolver isso… em vez de piorar.
Augusto respirou fundo, como se tentasse puxar de volta o bom senso que tinha escapado. Leonardo o encarou firme, nem um centímetro de recuo.
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