Enrico saiu do salão a passos largos, o coração martelando no peito. O que diabos havia acontecido com Aurora? O medo em seu rosto, a forma como fugira... algo estava terrivelmente errado.
Ao virar a esquina da mansão, ele parou abruptamente. Seu olhar percorreu o jardim escuro até encontrar uma silhueta encolhida contra a parede de pedra. Seu peito apertou. Mesmo à distância, reconheceu o vestido azul-marinho.
— Aurora? — chamou, sua voz carregada de urgência.
Ela não respondeu.
Ele avançou depressa, agachando-se ao lado dela. Seu corpo tremia, os braços apertados ao redor de si mesma. Lágrimas escorriam pelo rosto, e a respiração vinha em arquejos errático