Após o almoço, Aurora voltou para o andar da presidência. Mal havia saído do elevador quando seu telefone vibrou com uma mensagem de Enrico, convocando-a imediatamente à sua sala.
Ela revirou os olhos, soltou um suspiro impaciente e deixou a bolsa sobre a mesa antes de se dirigir ao escritório dele.
— Em que posso ajudar agora, senhor Mancini? — perguntou, sua voz carregada de cinismo.
Se ele percebeu o tom, simplesmente escolheu ignorá-lo.
— Sabe aquele relatório que pedi para segunda-feira? Vou precisar dele para amanhã. Então você terá que fazer horas extras esta noite.
Aquilo já era demais. Justamente hoje, quando havia planejado sair com Clarice.
— Lamento, mas hoje não será possível, senhor. O relatório de segunda ficará para segunda mesmo. Eu já tenho planos.
Enrico ergueu os olhos do computador, claramente surpreso.
— Como assim, já tem planos? Eu preciso desse relatório pronto!
— E eu disse que hoje não será possível. Se quiser, ele estará na sua mesa dentro