Maitê Moreli
O que eu estava fazendo? Nunca fui uma moça fácil, mas estava permitindo que ele passasse a mão nos meus seios, beijasse meu colo, apertasse minhas coxas e desabotoasse minha blusa. Eu desejava toda aquela luxúria, cada detalhe, cada toque... Meu corpo ardia, implorando por aquilo. Mas, então, tomei consciência e disse:
— Não — falei, empurrando-o com firmeza.
Ele saiu de cima de mim no mesmo instante e sentou-se no sofá, com a expressão séria e rígida.
— Seu saco já doeu? Porque o meu tá latejando agora, e a sensação não é nada boa.
As diferentes facetas de Hunter estavam me cansando. Eu sabia que, a partir dali, ele entraria no modo escroto.
— Sua intenção é me humilhar e me constranger.
— Te constranger!? — ele cruzou os braços e ficou de pé à minha frente, com o cenho franzido, bancando o cínico — Ah, a virgenzinha...
— Sim, virgem. Não me resguardei para ser a aventura de ninguém — deixei claro, firme.
— Ter uma relação íntima com a mulher com quem se é casado agora