Hunter Knoefel
Eu já estava no limite. Edward e Maitê estavam pisando demais na minha dignidade. Com ela, ainda restava um pingo de benevolência. Tenho quase certeza de que está sendo ameaçada, pressionada, controlada de alguma forma. Mas ele? Ele não tem desculpa.
Tomado pelo cansaço e pela raiva, disquei o número do meu adorável irmão.
— Fala! — atendeu com o mesmo tom arrogante de sempre.
— Tô te ligando só pra dar um aviso. Não sei qual é o seu interesse com a Maitê, mas já te falei e vou repetir: essa mulher é minha.
— Mulheres não são propriedades, e pelo que eu sei, ela vai se divorciar de você. Forçar uma mulher que não te quer não é atitude de homem.
— Já disse que isso não é da sua conta. E veremos se ela não me quer. Mas, voltando ao recado: a próxima vez que você ligar pra ela com essa intimidade que não te pertence, eu vou fazer você comer seu telefone.
Ele riu, debochado como sempre.
— Você não é o dono dela. Se ela disser que não quer que eu ligue, eu não ligo.
— Veremo