. DANTE
Tava tudo certo.
O carro deslizando pela orla.
A mão dela na minha.
A aliança brilhando.
E o mar lá fora, como trilha sonora.
Mas Lorena…
Lorena nunca foi previsível.
Soltou o cinto devagar.
Se virou pro meu lado.
Sem falar nada.
Só com aquele olhar de quem ia fazer merda boa.
Antes que eu entendesse, ela se inclinou.
Desceu.
Devagar.
O rosto no meu colo.
— “Lorena…” — falei, tenso, olhando pra estrada.
Mas ela não respondeu.
Desabotoou minha calça com uma calma perigosa.
Tirou o cinto dos passadores.
E soltou meu pau pra fora, duro, pulsando, latejando.
— “Que foi, general?” — ela murmurou, com a boca perto. — “Tá nervoso?”
E sem aviso…
Me engoliu.
Fundo.
Molhado.
Quente.
Quase bati o carro.
— “Porra… Lorena…” — murmurei, os dedos apertando o volante com força.
Ela me chupava devagar, provocando.
A língua circulando a cabeça, a boca sugando de leve.
Depois… acelerava.
Babava tudo.
Fazia barulho.
— “Cê quer me matar, filha da puta…” — ros