NARRADO POR DANTE FERRAZ
Coletiva — Andrade Holdings — Manhã
O carro parou.
Renan me olhou pelo retrovisor.
— “Última chance de voltar atrás.”
Travei o maxilar.
— “Não voltei do inferno pra parar na porta.”
Abri. Desci.
O mundo explodiu.
Flashes. Gritos. Microfones no ar como facas.
— “É ele!”
— “Dante Ferraz tá vivo!”
— “Meu Deus… ele voltou!”
A mídia certa. Os jornalistas pagos, escolhidos por Lorena pra gritar o nome certo, na hora certa.
O nome que o Brasil tinha enterrado há dois anos… estava de volta.
Caminhei devagar. Cada passo uma facada. Cada olhar uma sentença.
Calça preta justa. Camisa grafite marcando o peito. Blazer sem um vinco.
E no pescoço?
O chupão roxo. Estourado. Visível. Intencional.
Eu quis que vissem.
Eu quis que soubessem.
Eu quis que sentissem.
Atrás de mim, seguranças afastavam repórteres aos empurrões.
Mas a gritaria não cessava.
— “Dante! Vai reassumir o controle?”
— “Caio roubou tudo mesmo?”
— “Quem é a mulher que tá com você ago