O céu estava claro naquela tarde de primavera. As flores pareciam ter sido escolhidas uma a uma por mãos apaixonadas, e o ar carregava um perfume doce, quase mágico. Era o dia do casamento da Clara.
Ela estava deslumbrante. O vestido de renda caía com leveza sobre o corpo e o sorriso no rosto não deixava dúvidas de que ela estava exatamente onde deveria estar. Quando a música começou e ela entrou de braços dados com o pai, eu senti os olhos marejarem. Olhei para Ricardo, parado no altar, visivelmente emocionado, e sorri. Era amor. Puro e bonito.
Ao meu lado, Max ajeitou a gravata e sussurrou:
— Você acha que o Ricardo vai conseguir segurar o choro?
Ri baixinho, apertando o braço dele.
— Não por muito tempo.
A cerimônia foi linda. Clara disse seus votos com a voz firme, mas com lágrimas escorrendo sem pudor. Ricardo mal conseguia terminar os dele, emocionado, e todos ao redor se renderam àquele momento.
Eu me sentia honrada em estar ali, de vestido verde claro, segurando meu buquê e se