Max
A noite foi um tormento. A imagem de Charlotte não saía da minha cabeça, e, à medida que as horas passavam, a angústia só aumentava. Eu estava em um ciclo incessante de pensamentos — dela, do bebê, do que tinha acontecido, do que eu não sabia. Eu sabia que algo estava errado, mas as peças ainda não se encaixavam. E tudo o que eu sabia é que precisava de respostas.
O que diabos estava acontecendo? Por que ela estava grávida? E por que eu não sabia disso? A raiva misturava-se com a dor, e o mais angustiante era a sensação de ter sido deixado para trás. Não por ela, mas por mim mesmo. Como eu não tinha percebido? Como eu não tinha visto antes?
A porta do meu quarto se abriu e, por um momento, pensei que era ela. Mas era Olivia, com aquele olhar preocupado, com a mão na maçaneta, como se estivesse hesitante sobre entrar ou não.
— Max, você está bem? — perguntou ela, sua voz suave, mas cheia de uma preocupação que eu não conseguia processar.
Olhei para ela, mas minha mente estava dista