A raiva veio como uma porrada seca no estômago. Sem aviso. Sem defesa.
Joguei o celular de volta no sofá e me levantei num rompante. As mãos tremiam, os punhos cerrados, o sangue pulsando nas têmporas como uma sirene fodida que não queria calar.
— Caralho... — murmurei, andando em círculos. — Que porra foi tudo aquilo então, hein?
Bati a mão na parede com força. O impacto fez os quadros tremerem.
— A gente transou naquela noite, Charlotte. Você me olhou nos olhos, me disse que me amava... que porra era aquilo? Uma performance? Um teatro? Você já tava com ele? Já tinha decidido ir embora?
A voz ecoou pel