O sol da manhã entrava pela janela do Uber enquanto eu observava a cidade se desdobrando lentamente. A cada esquina, mais gente, mais carros, mais passos apressados. A rotina da cidade parecia não ter pausa. Mas hoje, era um dia diferente. Era o dia da consulta de pré-natal, e meu coração pulsava acelerado, misturado com um medo de algo que eu ainda não conseguia nomear. Eu sabia que precisava passar por isso, que esse passo era importante, que o médico, aquele homem simpático que me acompanhava desde o início, me ajudaria. Mas, ainda assim, o nervosismo estava ali, rondando.
Enquanto a paisagem passava pela janela, me distraí tocando na barriga, quase instintivamente. Ela já não era mais uma linha fina debaixo da roupa, mas uma curva suave, firme. Não era apenas eu que carregava o peso do mundo agora. Eram dois. Eu