Eu andava de um lado pro outro dentro da minha sala, a mandíbula travada, o sangue fervendo de um jeito que só acontecia quando algo muito, muito errado estava prestes a acontecer.
Victor.
Aquele desgraçado.
Ele teve a audácia de visitar um dos hospitais da nossa rede — o que, por si só, já era estranho. E pra piorar? Levou Charlotte junto.
Charlotte.
Minha mulher.
Respirei fundo, tentando manter a racionalidade, mas meu punho bateu com força na mesa, fazendo alguns papéis deslizarem. Maldito Victor. Sempre sorrindo como se o mundo fosse um palco e ele, o protagonista de uma peça de merda. Mas hoje ele ultrapasso