A luz da fenda pulsava, viva, como se respirasse. Não era só claridade. Era matéria. Era som. Era presença.
Quando atravessaram... não houve chão. Não houve teto. Nem sequer houve tempo. Por um breve instante — que pareceu uma eternidade condensada —, todos sentiram a pele arrepiar, o estômago afundar, os ossos vibrarem em uma frequência que não pertencia a este mundo.
E então... estavam dentro.
A luz se desfez, apagando-se como cinzas que evaporam ao vento, revelando a escuridão úmida de uma caverna. Mas não era apenas uma caverna.
Era... um ventre.
O teto se perdia na sombra. Estalactites longas como lanças pendiam do alto, pingando gotas que ressoavam como sinos de cristal ao tocarem as poças esmeraldas espalhadas pelo chão.
Rios — pequenos, serpenteantes — cortavam as pedras, desaparecendo em quedas d’água que sumiam por frestas ocultas. O som da água preenchia tudo. Uma melodia constante, quase hipnótica.
Nas paredes... símbolos.
Não pintados. Não esculpidos.
Gravados na própria