O silêncio das montanhas não era o silêncio da ausência. Era um silêncio cheio de som — vento que assobiava entre as pedras, asas que cortavam o ar, galhos que não deveriam se mover... mas se moviam. O tipo de silêncio que deixava claro que havia vida em cada fresta, mesmo que ela nunca quisesse ser vista.
O grupo parou na beirada de um penhasco, o mapa aberto nas mãos de Evelin, que franzia o cenho, olhando de volta para os outros.
— Estamos aqui. — Ela bateu o dedo no ponto marcado, onde as linhas douradas se cruzavam como uma estrela de nove pontas. — Aqui é... Aquenor.
Todos olharam ao redor.
Montanhas.
Apenas montanhas.
Picos irregulares, tão altos que perfuravam as nuvens. Rochas negras riscadas de prata, como se relâmpagos tivessem sido costurados nelas desde o nascimento do mundo. Não havia sinal de cidade. Nem uma trilha, nem uma abertura, nem uma construção. Nada.
Branik cruzou os braços, olhando desconfiado. — Bom... se isso aqui é uma cidade, ela tem um péssimo arqui