Capítulo 17 – O Refúgio

Ela encontrou abrigo em um antigo moinho abandonado no alto da vila, onde a vista alcançava o horizonte de Verídia. A torre de pedra tinha buracos no teto e cheiro de ferrugem, mas oferecia o que ela precisava: tempo. E sombra. Por enquanto.

O moinho ficava afastado do centro de Oríntia, quase esquecido entre colinas e estradas de terra. As paredes estavam tomadas por musgo, e as engrenagens enferrujadas rangiam ao menor sopro de vento. Mas para Evelin, aquilo era quase um santuário. Dormia sobre um manto de palha seca, com um velho manto de lã sobre os ombros, e o pequeno alforje com seus poucos pertences ficava sempre a um braço de distância. À noite, escutava os sons da vila abaixo — risos abafados, sinos de cabras, vozes distantes. Sons de uma vida comum, que ela agora observava de fora.

Naquela manhã, o sol filtrava-se por frestas no teto e projetava listras douradas sobre o chão de pedra. Evelin olhava fixamente para a luz dançando, mas sua mente estava longe.

Lembrava-se do fes
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