A Colina de Varnak elevava-se como uma cicatriz no coração do Reino de Veridia. Suas encostas eram recobertas por árvores secas e espinhosas que pareciam ter morrido tentando alcançar o céu. Coberta por névoas escuras e eternamente assombrada pelo lamento do vento, era lá que se impunha a fortaleza de Vermon — uma construção de pedras negras lavradas com magia antiga e seladas com sangue. As muralhas altas eram adornadas por gárgulas retorcidas, e as torres rasgavam o céu como lanças ameaçadoras.
No grande salão do trono, o frio era constante, não por falta de brasas, mas porque o próprio ar ali parecia morto. O chão de mármore escuro refletia os candelabros pesados, onde velas queimavam com chamas azuladas, alimentadas por óleos encantados. O trono, esculpido em obsidiana e decorado com caveiras de animais místicos, mais parecia um altar da morte que um assento de poder.
Vermon repousava ali como uma estátua de guerra. Alto, de ombros largos e braços que mais pareciam troncos, exalav