Na sala de Amanda, o clima era de trabalho intenso, mas com uma leveza que vinha da confiança mútua. Bruno estava sentado diante dela, analisando os documentos dos projetos que ficariam sob sua supervisão durante a lua de mel do casal.
Amanda passava calmamente as diretrizes com precisão, quando Bruno a interrompeu, cruzando os braços e a olhando com um sorriso leve nos lábios:
— Amanda, você tem certeza mesmo que vai se casar com o João?
Ela levantou os olhos para ele, sem se ofender com a pergunta — pelo contrário, havia ali uma cumplicidade antiga. Respirou fundo e respondeu com firmeza:
— Tenho, Bruno. Mais do que certeza... Eu o amo. Sempre o amei.
Ela fez uma pausa, olhando para um ponto distante, como se recordasse algo que guardava há anos.
— Sabe... eu nunca tive olhos para outro homem como tenho para o João. Nem na adolescência. Eu nem sabia que o que sentia era amor. A gente vivia brigando, feito cão e gato… mas quando ele não estava por perto, parecia que algo em mim falta