O silêncio caiu como uma pedra na mesa.
Amanda endireitou o corpo no colo de João, que ficou tenso. José apertou os punhos. Augusto, calmo, porém firme, colocou a xícara sobre o pires com um leve som de porcelana se chocando.
— Carlos… — disse ele, com a voz baixa, mas que soou como trovão. — Meus filhos têm mostrado mais competência do que muito executivo formado. Amanda liderou a negociação com os russos, João fechou o contrato com os investidores de São Paulo, e José está expandindo a área digital da empresa. Isso não é favoritismo. É mérito. E eu não vou tolerar mais insinuações sobre a adoção da Amanda. Ela é minha filha. De sangue ou não, isso não muda nada.
Carlos balançou a cabeça, indignado.
— Augusto, você está cego. Isso vai destruir nossa reputação…
— O que destrói reputações, Carlos — interrompeu Amanda, com a voz doce e perigosa — são ideias arcaicas como a sua. Se quiser discutir resultados, estou pronta. Mas se quiser apenas impor seu machismo e preconceito, nem desper