Na sala de reunião, o ar parecia denso. Rodolfo Pelegrini mal havia terminado sua colocação sobre possíveis novos cargos quando Zara se levantou de repente, empurrando a cadeira com força.
— "Amanda, você acha que pode dizer o que quiser só porque está com o João?" — gritou, a voz trêmula de raiva e ressentimento.
— "Meu pai é acionista aqui também! E EU, sendo filha dele, tenho DIREITO! Você tá ouvindo? DIREITO!"
Apontou o dedo na direção de Amanda com agressividade, a voz ecoando pelas paredes da sala.
— "Ou será que o seu problema comigo é medo? Ou CIÚMES?!"
Todos congelaram. José apertou os lábios, sem saber se intervia. João se enrijeceu na cadeira, pronto para reagir. Até Rodolfo fechou os olhos por um segundo, embaraçado pela filha.
Mas Amanda não se abalou. Permaneceu sentada, olhando Zara como se estivesse analisando um quadro mal pintado.
— "Eu não tenho medo de você, Zara." — disse Amanda, sua voz como lâmina afiada. — "Igual a você, já conheci muitas. Filhas de homens pode