A dona do jogo voltou

Mirela, ainda em repouso e afastada do trabalho, estava sentada na varanda da casa principal quando viu Amanda descer os degraus da fazenda acompanhada de Alfredo. Mesmo debilitada, havia algo nela que sempre impunha respeito — os ombros erguidos, o olhar firme, e aquela calma que precedia qualquer tempestade.

Observou em silêncio enquanto Amanda entrava no carro. O motor ligou, e logo a poeira do caminho começou a subir atrás do veículo.

Suspirou profundamente.

— "Sempre Amanda..." — murmurou para si mesma, com uma mistura de admiração, inveja contida e resignação. — "Até ferida, ela reina."

A cidade parecia menos barulhenta naquela manhã, ou talvez fosse o efeito da concentração de Amanda, que mantinha os olhos atentos na paisagem urbana que voltava a dominar.

Quando o carro estacionou diante da sede da Duarte Empreendimentos, o silêncio interno do veículo foi quebrado apenas pelo som da porta se abrindo. Amanda desceu com calma. O salto fino bateu firme no chão, como se marcasse se
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