Alice abriu os olhos novamente sentindo aquele calor particular que só Felipe parecia ser capaz de transmitir. O toque dele, mesmo leve, aquecia alguma coisa profunda dentro dela. Não havia dor, não havia cansaço. Ela se sentia… forte. Forte demais. Forte o suficiente para, por um instante, esquecer que havia quase perdido a vida.
Quando Liandra entrou no quarto, Alice sorriu sem nem pensar. Mas assim que a amiga segurou sua mão, algo imprevisível percorreu sua pele. Um pulso estranho, quente, como se algo dentro dela borbulhasse e se encaixasse de forma silenciosa.
Não era ruim.
Era só… novo. Desconcertante.
— Como você está? — Liandra perguntou, a voz suave.
— Bem. — Alice respondeu num suspiro. — Muito bem… até demais. Me sinto renovada.
Rafael apareceu à porta, discreto, educado, oferecendo um cumprimento rápido. Mas Alice não deixou de notar o jeito como o olhar dele pousou em Liandra, como se todo o resto do hospital desaparecesse.
E, ao mesmo tempo, Felipe se aproximou d