Rafael não sabia quanto tempo tinham ficado no sofá. Minutos, horas… pouco importava.
O que importava era ela.
Liandra estava ali, pequena contra ele, o corpo quente aninhado no dele como se pertencesse àquele espaço desde sempre.
E isso… isso destruiu qualquer intenção racional de deixá-la ir embora naquela noite.
Ele a observou por alguns segundos, o rosto suave, os cílios longos, a respiração calma, e tomou uma decisão que sequer analisou.
Simplesmente sentiu.
E agiu.
Sem aviso, inclinou-se e a ergueu no colo.
Liandra ofegou, surpresa.
— Rafael!
Ele nem pareceu ouvir. A pegou com firmeza, como quem segura algo que não pretende soltar tão cedo.
O olhar dele, antes contido, tinha um brilho quente, quase reverente.
— Você veio até aqui. — disse baixinho. — Acha mesmo que eu vou deixar você dormir nesse sofá comigo do lado?
A voz dele tinha aquele rouco suave que fazia a espinha dela formigar.
Ele a levou até a cama com a naturalidade de quem já a carregava há anos, e a a