O escritório ainda estava silencioso quando Helena entrou.
Rafael não levantou a cabeça imediatamente, estava com a mão sobre a mesa, o olhar fixo em um ponto que não existia mais.
Ela fechou a porta atrás de si.
— Rafael… — chamou, baixo.
Ele ergueu o rosto. Nenhuma raiva. Apenas firmeza… e exaustão contida.
Helena respirou e foi direto ao ponto:
— Estive com Caroline.
Rafael não respondeu.
— Ela… está grávida, meu filho.
Ele assentiu.
Helena observou esse único gesto como quem tenta interpretar um território que não conhece completamente.
— E você está mandando ela embora. — disse, não como pergunta, mas como acusação velada.
Rafael manteve a postura.
— Estou.
Helena franziu o cenho, como se tivesse levado um tapa.
— Rafael… — ela se aproximou um passo. — Isso não está certo.
Ele apertou o maxilar.
— Está, mãe.
— Não, não está. — ela rebateu rapidamente. — Estamos falando de um filho. Do seu filho.
A voz dela subiu um tom, não de grito, mas de a