Caroline passou toda a meia hora seguinte andando pela sala impecável como uma pantera inquieta.
Arrumou a almofada três vezes.
Checou o celular outras tantas.
Olhou pela janela, esperando ouvir o barulho do carro de Helena.
E cada segundo que passava alimentava uma única certeza:
Helena vai resolver isso. Ela não deixaria o neto dela sair daqui. Rafael é impulsivo. Ele vai se acalmar. Ele vai ceder.
Porém…
Quando finalmente viu Helena atravessando o jardim, Caroline endireitou a postura, respirou fundo e ensaiou o semblante sofrido, o olhar trêmulo, a fragilidade perfeita.
A porta abriu.
Helena entrou.
E no instante em que Caroline viu o rosto da Luna , seu estômago afundou.
Não havia vitória ali.
Havia cansaço.
Havia peso.
E havia uma decisão que não cedia.
Caroline manteve a voz baixa:
— Luna… ele… ele reconsiderou, não é?
Helena fechou a porta.
Respirou fundo.
E balançou a cabeça, devagar.
Caroline empalideceu na hora.
— Não. — Helena diss