Rafael voltou para casa pouco depois das 12h45.
A casa estava silenciosa demais.
Entrou no quarto.
A mala de Liandra não estava mais lá.
Ele ficou parado por longos segundos, como se precisasse que a mente alcançasse o que o vínculo já gritava:
ela tinha ido.
Nenhuma explosão.
Nenhum grito.
Nenhuma reação irracional.
Só uma certeza que descia pesada pelo peito:
ele sabia que isso aconteceria.
Respirou fundo, caminhou até o closet, pegou suas coisas com a mesma precisão com que respirava, e fez exatamente o que tinha prometido a ela na noite anterior, respeitou o espaço dela, mas não se distanciou o suficiente para deixá-la sozinha.
Vinte minutos depois, ele estava no jato.
Quarenta e poucos minutos mais tarde, pousou em Chicago.
Ele chegou primeiro.
Ele sempre chegava primeiro.
E esperou na saída do aeroporto.
Ele já havia rastreado o voo de Springfield a Chicago, ela estava prestes a aterrissar.
Sem invadir.
Sem procurar.
Sem pressionar.
Apen